quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Eu, Fabiano e Izadora

Bengala lilás tocando galhos de amoreira, céu azul de fundo

Provavelmente muita gente passa por aquela árvore e não dá a mínima. A amoreira na entradinha de uma vila em São Paulo é como os momentos raros da vida, tão singelos que tem gente que nem vê. Mas eu os vejo; e não só vejo como os ouço gritar: “Permita-se brincar, ser leve, parar e desfrutar!” Então eu brinco:

Tarde de segunda-feira, momento de ir embora.
O Fabiano me guiava e me auxiliava a Izadora.
Eu não sabia que aquela árvore na frente de onde a Celi mora,
É um pé de amora!
Buzinas, correria, pressa; deixa tudo lá fora,
o momento de viver simplesmente é agora!
O Fabiano e eu queremos amora.
Então, minha amiga Iza, que assim de cara pouca gente adora,
Viu chegada sua hora:
Ela, que vira espada, varinha mágica e microfone,
Ou qualquer coisa que mandar a imaginação de sua senhora,
Ergue-se heróica sacudindo os galhos e alcançando amoras!
Frutas na pança e corações na infância, fomos felizes embora,
Eu, Fabiano e Izadora.
Na boca ficou o doce que se demora,
Aquecendo o frio e colorindo o cinza daquela hora.
Viva a amizade, viva a Izadora!

4 comentários:

  1. Amo sua boca no mundo! Ela fala, canta, grita e mesmo com o silêncio sempre "fala" alguma coisa! Esse é o meu primeiro parabéns no blog...mas por volta do quinquagésimo dos tantos que já dei e ainda de outros que virão! Ebaaaa...rs

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  2. Hum...desconfio que sou sua fã....rs

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  3. Uau Sara que poema lindo,aliás tão lindo e meigo como nosso momento que vivemos nesse dia, para alguns talvez tão tolo,mas para nós com vontade de quero mais..obrigado por momentos e dias assim...te admiro demais!

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  4. Menina... por onde você anda. Seu amigo carioca já faz tempo não te vê e não sabe de você!!! Um beijo.

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